segunda-feira, 24 de dezembro de 2007

Natal... feliz natal?

O peru está no forno!

O lombo, o tender califórnia (será que na Califórnia eles comem tudo com abacaxi e pêssego?), a bacalhoada... gelam as Coca-Colas Zero, a champanha, o vinho suave que dá dor de cabeça.

É uma comilança. E é por isso que é legal. O natal é a festa da comida, da fartura, do esbanjo, dos presentes, ou seja: do papai-noel!

O bom velhinho, que quando eu era criança me trazia presentes, hoje me traz débitos em conta corrente. Não posso reclamar de tudo: acabei por ganhar um DVD do Pink Floyd (Pulse, 1994 - sem o Waters). Me fez lembrar que eu não moro em Londres, e que aqui não neva igual na propaganda.

Eu nunca vi a neve. Imagino que seja como areia, só que gelada. E vejam como é a mídia, com suas propagandas ela acaba por convencer nossos cérebros a associar natal com neve. Pessoas, natal no Brasil é verão! Aqui a gente frita no sol e cozinha no bafo da noite.



E comprar presentes é outro hábito que não tem a ver com nossa realidade. O décimo-terceiro vem e logo vai, sobrando nada. Se para criança é como um segundo aniversário, para os pais é como mais um imposto, o IPN - imposto presente de natal, que incide proporcional ao número de filhos.

Eu, quando criança, esperava o natal como uma encomenda. E sabia que papai-noel colocaria a mão no bolso para me entregar uma fita nova de videogame de forma infalível na manhã do dia 25.

Eu tentava esperá-lo acordado, mas o velho gordo e trambolhoso estacionava suas cavalgantes renas mágicas no curto estacionamento de casa e entrava pela inexistente chaminé da lareira sem fazer nenhum barulho, tudo na surdina. Talvez eu acreditasse porque dia 24 era o dia de criança beber álcool, e eu dormia um profundo sono bêbado de champanha.

Opa! O peru está pronto. Vou comer até cansar.

Sei que gula é pecado, mas foram os próprios católicos que inventaram o natal, e o fizeram para comermos e lembrarmos de Jesus, o que, é claro, todos nós fazemos.

Feliz natal a todos!

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