segunda-feira, 12 de maio de 2008

ROM do Steet Fighter 2 Corrigida - Lobei

Faça o download da rom aqui.

"Mas o pior que eu já ouvi foi um mulequinho que só chamava o Blanka de LOBEI... perguntei porque... ele me explicou mostrando o porque... na hora que o avião vai pro Brasil e o cara fala "Brazil" ele disse: "Tá vendo aí? o cara falou LOBEEEI..." E justificou dizendo que Blanka é um lobisomem, e que lobo em inglês se dizia LOBEI. Depois dessa eu fui embora, pra não dar um cascudo nele."
Igor (Kiko)


Fonte:
http://www.orkut.com/CommMsgs.aspx?cmm=117668&tid=2483292503630644157

Resolvi então corrigir aqui minha ROM de Super Nintendo, para mostrar o nome real do personagem.



Faça o download da rom aqui.

E seja feliz!

segunda-feira, 21 de abril de 2008

O interminável ciclo

Começa assim: eu acordo, escovo os dentes, de repente tomo até um banho antes de ligar o computador para começar o "interminável ciclo".

Esse ciclo é o laço principal que comanda o tempo que passo na frente do computador, e consiste em:

- Checar o e-mail;
- Checar o Orkut;
- Checar quem está online no MSN;
- Fazer algo de útil ou trabalhar;
- Voltar ao começo do ciclo.

E esse ciclo se repete dezenas de vezes durante o dia. Me pego as vezes patético dando "refresh" na página de meu scrapbook do Orkut, mesmo sabendo que não vai ter nada de novo. As vezes fico apertanto F5 na página do GMail mesmo sabendo que ela se atualiza sozinha. A minha atividade cerebral é quase nula nesses momentos - me concentro pra não babar no teclado.

Como uma abelha que não sabe porque colhe o pólen, vou repitindo meu ciclo vitalício sem refletir sobre o assunto (ao menos até agora). Na falta de uma rotina diária, tenho uma rotina que se repete a cada 5 minutos.

E o tempo vai ficando mais curto: quando não tenho mais (paciência para) trabalho nem nada de útil para fazer, ninguém para conversar, nenhum e-mail novo para ler e nenhum scrap, cada ciclo pode durar menos de 5 segundos:

- Checar o e-mail;
- Checar o Orkut;
- Checar quem está online no MSN;
- Checar o e-mail;
- Checar o Orkut;
- Checar quem está online no MSN;
- Checar o e-mail;
- Checar o Orkut;
- Checar quem está online no MSN;
- Checar o e-mail;
- Checar o Orkut;
- Checar quem está online no MSN;
- Checar o e-mail;
- Checar o Orkut;
- Checar quem está online no MSN...

Quando não aguento mais, venho postar aqui.

terça-feira, 15 de abril de 2008

Posso escrever mil posts sobre...

Não ter assunto. Aliás, esse é o assunto que me resta. Para poupá-los do tédio eventual da leitura repetitiva, vou me cessar.

Aguardo sugestões.

segunda-feira, 14 de abril de 2008

Promessa

Prometi pra mim mesmo escrever um post inteiro sem usar o backspace. Promessa cumprida.

Se precisar

Numa sala qualquer,
num lugar amplo lotado
ou talvez num apertado,
verá as pessoas gozarem
o momento.

Não é o seu momento.
Não exatamente o seu,
não aquele em que triunfa,
não é mesmo?

E notará como não antes
a insignificância das palavras
e a perturbadora persistência
dos sorrisos que as carregam.

Se você procurar,
seu olhar atravessará todos.
Transparentes, ainda que presentes,
não os verá.

Quando você precisar... - disseram.
Quando - futuro que não vira agora,
promessa que não vira dívida, não se paga.

Esperar dos outros é bobagem,
disse o auto-suficiente - e morreu
esperando por si próprio.

Mas se você precisar
estarei de prontidão, pois
na imensidão do meu egoísmo,
este é o modo que encontro
de ter você quando preciso.

domingo, 6 de abril de 2008

Pode ser perigoso

Eu estava no MSN, conversando com uma colega da minha antiga antiga (muito antiga) escola. Na verdade não sei como o MSN dela foi parar na minha lista, mas lá estava ela.

Estava levando uma inocente conversa, e perguntei sobre o trabalho da garota - "ow, e ai, tá trabalhando com o q?". Repentinamente ela caiu - "esta pessoa está offline", dizia o Live Messenger. Mas o que ela não sabia é que eu não estava em casa, mas sim na casa de um amigo...

O que ela também não sabia é que esse colega afortunadamente tem dois computadores, postos lado a lado. Eu usava um e ele usava outro. Nem suspeitava a menina, mas justo esse meu amigo estava falando com ela ao mesmo tempo que eu e eu podia ver a conversa com simples desvio no olhar. E, em uma infeliz combinação de eventos, pude ver que na verdade ela só estava offline para mim.

Se não bastasse, ela fez a infeliz escolha de comentar sobre o assunto com este meu específico amigo. Disse: "ele tava querendo saber muito da minha vida, e pra não mandar a merda, preferi bloquear".

Ela ia me mandar a merda! Mas, afinal, o que isso aqui está virando? As pessoas estão sendo criadas em campos de concentração? Estão batendo nas nossas criancinhas como em pitbulls? Onde se aprende tanta hostilidade?

Quando eu era pequeno, minha mãe falava: "não converse com estranhos". Acho que algumas pessoas entenderam: "não converse com conhecidos" ou então, "mande seus conhecidos a merda".

Eu tenho a mania de conversar com todos, puxar conversa. Até pergunto: "trabalhando, estudando, e a vida?". Aparentemente isso é uma ofensa. Qual é a mensagem então?

Não vamos ficar falando aos outros de nossas vidas - vamos guardar tudo para nós, não contemos nada a ninguém. Pode ser perigoso, pode ser incômodo, pode ser.

Ficaremos trancados em nossas fortalezas sociais, isolados de todos os perigos que possam atingir a delicadeza de nossos egos. Mas cuidado: se ela pegar fogo, não teremos pra quem gritar socorro.

sexta-feira, 21 de março de 2008

Programa que limpa a área de trabalho

Fiz um programa que limpa seu desktop, organizando tudo em uma pasta à sua escolha, com os arquivos separados por extensão.

É útil.

Baixem o arquivo LimpaDesktop.exe e executem que ele fará a limpa.

quinta-feira, 20 de março de 2008

Analfabeto aprovado em concurso público



Depois do garoto da 5a. série que passou no vestibular da UNIP, agora é vez do analfabeto passar no concurso público.

Analfabeto de condição, cara de pau de nascimento, ele profanou: "Foi Deus que quis que eu passasse.". Continuou e piorou: "Eu tive uma intuição, e passei." - se referindo ao ótimo desempenho que seu gabarito paradoxalmente apresentava.

"Brasil... meu brasil brasileiro!"

Redação: tema livre

Na escola era assim: tema livre. O professor sempre pedia, a gente tinha que escrever sobre qualquer coisa!

Deus, como sou indeciso! Eu nunca sabia sobre o que escrever. Acho que faz parte da minha alma nerd: só consigo decidir entre duas coisas usando algum critério qualitativo. Não adianta pra mim: "escolhe esse", tem que ser "escolhe esse porque esse é melhor".

Digamos que eu esteja fugindo de um assassino esfaqueador. Estou correndo rumo à delegacia de polícia, e me deparo com uma bifurcação. Ambos os caminhos têm 1km e me levam à delegacia, e os dois caminhos são idênticos! Qual escolher? Morro esfaqueado na hesitação...

Ainda bem que o mundo é bem heterogêneo e eu normalmente consigo achar uma diferença nas coisas que me ajuda a decidir. Na dúvida, vou comprar um dado.

quarta-feira, 19 de março de 2008

Nada fantástico

Você acorda de manhã. Acorda, porque antes dormia - estado de transe diariamente necessário. De manhã, porque você está no início de um ciclo de 86.400 segundos que faz alternar claro e escuro como uma criança brincando com o interruptor.

Vai ao espelho: um jato de luz te atinge, reflete na chapa de metal polida e volta para ferir sua retina, finalmente lhe informando que seu cabelo (fios de células mortas que saem da pele que recobre sua caixa craniana) não está penteado.

Você não estranha quando nota que seu rosto é repleto de furos por onde saem e entram coisas durante todo o dia. Você não estranha sair na rua e ver uma bola de fogo no céu. Nem mesmo estranha a quantidade de seres à sua semelhança que andam, todos com vidinhas semelhantes mas independentes da sua.

Você não estranha ter que colocar outros seres mortos boca a dentro para ficar vivo. Não estranha derramar o que sobrou na privada como uma máquina de moer cana.

Você não estranha soltar grunidos o dia todo. Não estranha torcer os lábios em meia-lua quando está feliz. Não estranha nada disto.

Sai na rua logo mais, e que coisa, uma bola de pedra branca está pendurada lá no lugar da bola de fogo. Mas tudo bem, a vida segue. A vida... você não estranha ter saido da vagina de outra pessoa. Ou de ter sido arrancado por um corte que fizeram profundo na base da barriga, como no meu caso.

Não se surpreenda se amanhã descobrir que você está involuntariamente rodando em volta de uma bola de magma coberta de água e pedra. E não se assuste de saber que tem tanta coisa de gás e pedra vagando por ai que você é ridículamente pequeno perto disso tudo. Que você dura também pouquíssimo tempo, quase que um instante, comparado com o resto.

Tudo normal. Não se assuste! Ou você pode ter um problema na bomba que funciona do lado esquerdo (não direito!) do seu peito, reponsável por molhar todas suas entranhas com um líquido gosmento vermelho que tem gosto de metal (se você não for anêmico).

Não é nada fantástico. É assim.

É assim e pronto.

segunda-feira, 17 de março de 2008

Alguém lê?

Meu amigo me perguntou: "Alguém lê esse blog?".

Escrever no blog é curioso. A sensação é de estar falando com uma pessoa só. Parece que estou conversando com alguém. Alguém sem cara, sem nome, sem nada. Não importa.

Eu gosto muito de conversar com todos e com tudo (?), e o blog é aquele que sempre me escuta. Ele não responde muito, mas é paciente em ouvir tudo.

No fundo é aquilo pra que ele foi criado, pra ser um diário. "Que coisa gay, Diego, escrevendo um diarinho?". Note que meu blog não tem capa cor de rosa, nem adesivos "descolados", nem bilhetes de cinema colados, nem Hello Kitty, nem nada do tipo.



Alguém lê esse blog? Bom, você pode responder com segurança que "Sim! Estou lendo agora mesmo!". E esse post pode ficar arquivado muito tempo.

E ele pode ser lido daqui 10 anos. Pode virar uma "mania na internet". Pode virar corrente no Orkut! Pode virar símbolo da cultura pop! Pode virar slogan de uma grande corporação! Pode ser encontrado por arqueologistas daqui milhares de anos!

$10,00 - Paypal granted!








Talvez eu fique mesmo famoso. Aí as pessoas vão ler "o que Diego escrevia antes de ser um artista consagrado".

Enfim, se alguém lê esse blog? Quem sabe?

Mas continuo escrevendo.

quinta-feira, 13 de março de 2008

Sem tempo para um blog de verdade

Tá, este não é um blog de mentira.

Eu ando sem tempo. Dizem que tempo quando a gente quer a gente arranja. Mas não é simples como ir na venda de esquina "Ô Pedrão? Me vê uns 15 min aí, pra viagem?".

As pessoas discutem muito aquela questão "Tempo vs. Dinheiro". Dinheiro você ganha e perde - tempo você só perde. Se o seu dinheiro acaba (que merda) você pode trabalhar e ganhar outro dinheiro. Se o seu tempo acaba, "puf!", já era! No seu leito de morte, onde você vai arranjar mais tempo?

Você nasce com um tempo, mas você não sabe (ou não está determinado) quanto. Daí pra frente é só prejuízo: filas, banheiro, mulheres, tudo isso vai lhe custar tempo. Quando você tiver gasto todo seu tempo você morre!

Eu passo/gasto muito tempo trabalhando. E para quê? Pra quem?! No fundo, como todo trabalhador, troco tempo por dinheiro. Mas meu tempo é muito mal pago, veja a cotação:

- Dinheiro: vale 1 real, um mango, um cruzeiro se você for velho, um dólar se você for gringo, um milhão se você for rico.

- Tempo: como tudas as coisas da propaganda do MasterCard, não tem preço!

Aproveite a vida, alguns dizem, aproveite o momento e blá, blá, blá. O fato nú e crú é que se você não se esfolar você não vai conseguir gozar. Pelo menos não por muito tempo.

Então é isso - nascemos com tempo contado, em contagem regressiva e irrecuperável como aquela moeda que cai no vão do elevador. Podemos gastar todo ele gozando? Não! Precisamos gastar grande quantidade de seu precioso valor com coisas que nos estragam pra conseguir uma esmola de recompensa. Uma hora de merda pra 5 segundos de chocolate.

Êta mundo justo.

Deixa eu dormir, que é o que faço de melhor com meu tempo. Afinal, na terra dos meus sonhos, sou amigo do rei!

domingo, 24 de fevereiro de 2008

Jogo da Bola Alada


Esta é a minha primeira tentativa de criar um jogo. Os gráficos, a maioria dos sons e as músicas eu produzi sozinho. Tentei ser independente, pra não criar coisas manjadas nem chupinhadas da internet. Não ficou muito bom, ok, eu admito, mas pelo menos ficou original.

Aprecio qualquer comentário ou sugestão.

Faça o download e boa jogatina.

(ps: quem conseguir terminar o jogo ganha um doce.)

UPDATE

Confiram o BETA da versão 2 do jogo, com 5 níveis novos!

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

Pessoas que não vão com a minha cara

Quando eu era pequeno o mundo era dividido entre "meus amigos" e "meus inimigos". O maniqueísmo da minha infância não era delírio, mas condição social real. Os meus amigos eram aqueles que brincavam comigo, os demais queriam me bater.

As meninas eram um caso a parte, elas me achavam feio e gordo. E por isso me odiavam. Tudo bem que minha situação não mudou muito, já que estou ainda mais inflado e feio. E é meio triste ver alguém pegando minha foto daquela época e dizendo: "que bonitinho!" - porque não achavam isso antes?

Mas o que me preocupavam mesmo eram os "inimigos". Como nos videogames, eles eram maiores que eu. Diferente dos videogames, eu não conseguia bater neles.

Vida escolar.


E na escola havia sempre aquele pessoal que não ia com a minha cara. "Só sei que eu sinto que foi sempre assim minha vida inteira" - já dizia Raul. Até hoje as pessoas as vezes, simplesmente, não vão com a minha cara.



Eu chego num ambiente social e fico num dilema. É porque se você for muito chato, as pessoas vão te ignorar, eventualmente vão te bater. Se você for muito legal as pessoas vão te odiar com todas as forças. Tento não ser chato e sou incapaz de ser muito legal, então fico ali entre o medíocre e o insignificante.

Mas alguns problemas acontecem. Primeiro, eu faço piada de tudo - mas não sou engraçado. As vezes eu faço a piada errada na hora errada, o que me traz má aceitação do público. As vezes (bem raramente), eu faço a piada certa na hora certa! E todos acham graça - e passam a me odiar, pois estou "invadindo seus territórios".

"Quem ele pensa que é?" ou "Onde já se viu falar assim de coisa séria?". "Ele se acha!". "Gordo babaca!". Tem gente que não vai com a minha cara.

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

Zimmerman, os 700 mangos e o hamburguer

Vou assistir o show do Bob Dylan.

Eu gosto muito de Bob Dylan, mas ele está um pouco salgado desta vez. Os setessentos mangos que está cobrando por uma cadeira nas mesas da platéia um tornam seu show o mais caro da história do Brasil.

Ainda bem que eu, como outros 70% dos outros que assistirão o show, sou estudante e pago meia. Ficam então salgados porém tragáveis 350 mangos que "paguei" com o cartão de crédito do meu irmão.

Vou ver um velho de 66 anos de cartola cantando com voz de gente entubada. Tudo bem, mas mesmo que estivesse entubado de verdade, seria ainda Bob Dylan, valeria a pena.

Saindo da bilheteria do Via Funchal, resolvi alimenter minhas lombrigas com um dos mais nobres lanches da nossa cidade, no "The Fifties".

Me senti rico hoje, comendo numa lanchonete de bacana e pagando dinheiro de bacana para assistir um show de bacana. Mas foi só entrar no pobre site do meu banco de pobre, para ver que estou pobre. Amanhã trabalho e a vida volta ao normal.

Meu pagamento está atrasado... pobre de mim.

sábado, 12 de janeiro de 2008

Oasis plagia Eric Clapton

Veja como a melodia cantada, os acordes e mesmo o "dom-dom-dom!" do começo são os iguais:



Clapton diz (muitos anos antes)...

Dom Dom Dom!
Lá Sí Dó

C D
And then she asks me
G Bm/F# Em
Do I look alright

Gallagher diz...

Dom Dom Dom!
Lá Sí Dó

C D
So what's the matter with you?
G Bm/F# Em
Sing me something new..

Coisa feia, sr. Noel!

quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

Sabores artificiais

Está calor, estou com sede: fui fazer um suco de pózinho.

Compraram um suco Clight - que horror, prefiro MID. Mas pior do que isso é o sabor: "Morango Silvestre".
Tá, vamos pensar um pouco.

Morangos são frutas e qualquer pessoa que não acredite mais em Papai Noel sabe que o pó dos sucos são massarocas químicas desprovidas do frescor das frutas. Até aí tudo bem, porque as pessoas podem até achar que aquilo realmente tem gosto de morango. Mas silvestre?

"Silvestre é a designação dada às espécies que ocorrem de forma espontânea, isto é, sem intervenção humana direta, num determinado hábitat."
http://pt.wikipedia.org/wiki/Silvestre, 10/01/2008 1h40


Duvido que exista algo que tenha menos a ver com o processo de fabricação do suco Clight do que isso.

"Ah, Diego, o suco imita o sabor do morango silvestre". Ok! Eu admito, mas, além de imitar muito mal, não vamos nos esquecer de que muitos morangos comuns também são cultivados em semelhança aos silvestres, no entanto ninguém os chamam de "morangos sabor morango silvestre", mas apenas de "morangos".

Sucos em pó não têm nada de silvestre. Não existe um sequer pé de saquinhos de suco no mundo!

De um problema parecido sofrem aqueles salgadinhos sabor "pizza". Pizza do que? Então vamos lá: salgadinho sabor pizza de mussarela. Ok. Daqui a pouco teremos: pizza de salgadinho. E então teremos: salgadinho sabor pizza de salgadinho. Deus...

quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

Eu acordo de mau humor

Quando abro os olhos de manhã, normalmente é contra minha vontade. Não gosto de acordar cedo, como a maioria das pessoas. E essa história de acordar acaba com o meu dia antes dele começar.

Eu acordo 6h30 ou 7h00, para ir trabalhar, estudar ou algo parecido. Mas, de forma contraditória, durmo às 3h00 ou 4h00, porque tenho insônia. Pois é: eu tenho sono o dia todo, menos a noite. Isso faz com que eu acorde um zumbi.

O primeiro pensamento ao ouvir o despertador é: "será que ninguém vai atender o telefone?". Mas não demora muito para eu perceber que não é o telefone, é o alarme do celular tocando, e que eu estou deitado em minha cama e não com várias mulheres nuas na banheira, e que, afinal, eu nem tenho uma banheira.

Depois de abrir meus olhos vem o show de sensações: a cabeça dói, o olho arde, no ouvido um zunido e na boca um gosto amargo. Desgraça! Acordar não é humano!

"Vou dormir mais um pouquinho!". Programo o despertador para "soneca" e viro de lado. Instantaneamente ele toca de novo. É fechar o olho é "pi-pi-pi!". Insisto no "soneca", mas essa hora da manhã 5 minutos tem a mania de durar 5 segundos, frustrando minhas tentativas de acordar mais descansado.

Só tem um indivíduo em casa que acorda com o humor pior que o meu: Tosquinho, meu cão poodle. É eu levantar e tomo dentada. Fosse ele um pitbull eu já estaria dormindo eternamente.

Vou para o banho, no chuveiro, porque não tenho banheira. Minha cabeça ainda está confusa nessa hora, e ela fica recapitulando o sonho, como se fosse algo importante: "nossa, aquele algodão doce tinha péssima aerodinâmica!" ou "da próxima vez eu vou tomar mais cuidado com aquele dinossauro".



Depois de banhado, demoro cerca de 45 minutos para vestir a minha roupa de baixo. Acontece que eu pego as meias e esqueço o que deveria fazer com elas. Eu pego-as na mão e fico olhando, semi-babativo. Vegeto por mais alguns minutos e eureca! Vai no pé!

Depois de procurar meu tênis na geladeira, vestir a calça do avesso e derrubar leite-com-chocolate na minha única camisa passada, finalmente estou vestido. E agora? Me resta sair de casa.

"Sem a chave não dá!" - percebo em frente ao portão. Volto e vou procurá-la, pois a perco diariamente. "Vou levar a do meu irmão", e assim deixo minha casa para o ensolarado mundo exterior.

E o mais irritante de tudo é que, depois de tudo isso, eu saio na rua e "ha-ha-ha", estão todos bem humorados! Como é possível? Como algo pode ser engraçado essa hora da madrugada?

Nada me incomoda mais do que pessoas de bom humor.

Um bom dia para todos.

sábado, 5 de janeiro de 2008

Sábado, dia útil.

Hoje tenho que trabalhar. É sábado, mas o trabalho não liga de ser trabalhado no fim de semana. Está um adorável húmido e quente dia de verão, com chuva e ventiladores ligados.

Os ventiladores me dão dor de cabeça. Entre a ida e a volta de suas rotações de 180° a temperatura do suor minha testa varia aproximadamente 20°C, amplitude térmica não adequada à vida humana.

A TV está ligada fazendo barulhos aleatórios e uma das lâmpadas de minha sala sem janelas está queimada. Está escuro, barulhento e quente.

Tenho que trabalhar. Meus irmãos conversam e gozam seus finais de semana. Há quem descanse, há quem durma, há quem assista TV. E há quem trabalhe.

Minha irmã chegou do mercado. Há quem faça compras. Compraram comida, compraram refrigerantes, compraram plantas. Eu não gosto de plantas em casa, elas sujam tudo de terra, precisa-se regá-las. Eu me sinto na floresta tropical.

Ao menos não chove aqui dentro. Se chovesse doeria, pois está chovendo granizo.

Eu tenho que trabalhar, mas enrolo o quanto posso. Infelizmente o caminho do tempo em direção ao prazo de entrega é de mão única.

É hoje ou nunca, ou trabalho ou trabalho. E continuo enrolando, falando coisas sem sentido no meu blog.

Já basta.

sexta-feira, 4 de janeiro de 2008

quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

Republicação - As coisas são chatas (03/01/2007)

Se Maurício de Souza pode ganhar dinheiro republicando as melhores histórias para sempre, acho que eu posso republicar no meu blog um post que fiz há exatamente 1 ano.

O mais impressionante é que tudo continua sendo verdade (tirando o fato de eu não ter mais namorada), e é verdade também que estou sem tempo para postar hoje por causa de uma reunião. Então lá vai:

As coisas são chatas

Pois bem. Vamos acabar com essa palhaçada.

Eu já trabalhei, já estudei e já fui vagabundo. Hoje faço os três ao mesmo tempo, e tenho que admitir, é chato.

Trabalhar é chato, isso você já deve saber se já trabalhou. Hoje disse para minha namorada: "Eu gosto de trabalhar! De verdade!". Olhe, sinceramente, eu até gosto do que eu faço, mas eu queria poder parar de fazer quando desse na telha. Clientes são chatos, e você também é chato quando é cliente. "Ah! Mas eu quero assim, assado. Eu paguei eu quero, eu tenho o direito!". Têm também aqueles que são legalistas: "Olha, segundo o código de defesa..." (e lá vai abobrinha, diga-se de passagem).

Estudar é chato.

É chato ter que acordar de madrugada, pra começar. Dá vontade de morrer! O sono tortura muito, é como um urso de desenho animado te batendo com um porrete na cabeça. Na hora que eu acordo eu penso: "Não, não pode ser! Não é verdade que já é essa hora...", o que caracteriza a fase "descrente" do acordar. Depois vem: "Eu preferia morrer que acordar..." - fase "suicida", mas segura, já que ninguém se suicida dormindo. Por fim vêm o pensamento: "Que desgraça, minha vida é uma droga..." que fecha o ciclo do acordar com um toque de realismo.

Depois de acordado eu ainda tenho que enfrentar 2h de viagem de ônibus, o sol, o barulho e o fedor da cidade, para enfim chegar na faculdade e dormir na carteira o sono que me fora roubado.

Ser vagabundo também é chato! É o mais chato de todos! O hoje vira um replay de ontem. Você acorda, escova os dentes, toma um banho, toma café, assiste desenho, almoça, assite jornal, sai com seu amigo ou namorada, janta, volta, toma banho, dorme, escova os dentes, toma um banho, toma café, assiste desenho, almoça, assite jornal, janta, toma café, acorda, dorme, banho, almoço, sai, café, dorme, janta, acorda, joga videogame, posta no blog, almoça, janta, toma coca-cola, almoça, dorme, baba, acorda... É um saco. Nenhum progresso, passado um ano, só o que mudou foi a grossura da sua barba.

No final é tudo chato, e muito. No passado, na sua memória estúpida, o que é chato vira legal e o que é legal vira ultra-legal. Tudo parece melhor no passado, mas a julgar pelo presente, também deveria ser de matar.

Mas, de tudo ser tão chato, reclamar torna-se a melhor coisa. Reclamo de tudo pra alguém e alguém reclama do resto pra mim. Reclamar é o fim de todas as coisas - é o sentido da vida. Que porcaria, não?

Mas sou feliz hoje, pois sei que será pior logo mais, e hoje parecerá legal. Hoje é ruim, ontem é bom, amanhã será péssimo. Se amanhã for bom, vai passar bastante rápido pra virar logo ontem. Se hoje foi péssimo, amanhã vai ser uma merda. Mas se hoje está sendo bom, vá dormir e não estrague as coisas.

Boa noite!

http://lavamosnos.blogspot.com/


Espero que tenham apreciado!

Até mais.

quarta-feira, 2 de janeiro de 2008

Gerador de gerador

Se você está sem idéia para criar um gerador inútil, use o meu.

Amostra viciada

Leiam: Nerds são os mais confiáveis, diz leitor da INFO

"Amostra viciada é aquela onde os indivídos não são escolhidos ocasionalmente, mas de acordo com uma característica em comum da qual depende o resultado da pesquisa, tirando o valor estatístico dos dados."


Mais nerds leitores da INFO devem ter notado o problema.

Confiem em mim.

Dois ponto zero

Faz pouco tempo as pessoas começaram a falar sobre a "web 2.0". Ok, soa um tanto apropriado, afinal falamos de computadores, onde as coisas de fato têm versões "um ponto zero", "dois ponto zero", e por aí vai, mas na verdade é um termo impreciso, visto que a internet é muito da mesma desde a época em que eu usava o Mirabilis ICQ.

Mas algumas coisas conseguem ser ainda menos apropriadas, com o rapaz que deu o nome de 2.0 ao seu filho, ou a Nestlé, que me supreendeu neste domigo com esta pérola:

"Nescau 2.0"

Pessoas, como um achocolatado em pó pode ter chegado à sua versão 2.0? Será que sairá uma atualização na internet: "Atuaize já seu Nescau 1.0 para 2.0"?

Ou sairá um bug-fix: "Atualização de segurança NESTL01: atualiza o Nescau para 2.1, o que corrige falha que fazia o chocolate empelotar se você girasse a colher no sentido anti-horário"?

De qualquer forma o marketing funcionou, porque eu comprei o bendito. Aproveitei para fazer o review da nova versão do chocoware da Nestlé.


A primeira diferença em relação à versão 1.0 é o novo design da interface: a tampa agora é maior e azul, e a lata tem um arrojado efeito de torção. Infelizmente este efeito aparenta tornar mais difícil raspar o achocolatado residual que sobra no fim da lata.


O produto em si tem a mesma aparência e consistência do seu predecessor, sendo um fino pó marrom. Ao depositar-se no copo úmido, ele graciosamente empelota, ficando com aparência terrosa.


Adicionado o leite, eles continuam parecendo exatamente o mesmo produto. Suspeitas...


A prova final: o sabor. Eis que surge a supresa! Nescau 2.0 tem um gosto diferente! Na verdade ele tem o mesmo gosto do Nescau Power, extinto.

Conclusão: Nescau 2.0 é um relançamento descarado do Nescau Power, que por sua vez deveria ter se chamado Nescau 2.0 Beta.

Estou ansioso também pelo Toddy 2.0, pois disseram que finalmente será solúvel!

Agora com licença, vou beber o resto do leite.