domingo, 24 de fevereiro de 2008

Jogo da Bola Alada


Esta é a minha primeira tentativa de criar um jogo. Os gráficos, a maioria dos sons e as músicas eu produzi sozinho. Tentei ser independente, pra não criar coisas manjadas nem chupinhadas da internet. Não ficou muito bom, ok, eu admito, mas pelo menos ficou original.

Aprecio qualquer comentário ou sugestão.

Faça o download e boa jogatina.

(ps: quem conseguir terminar o jogo ganha um doce.)

UPDATE

Confiram o BETA da versão 2 do jogo, com 5 níveis novos!

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

Pessoas que não vão com a minha cara

Quando eu era pequeno o mundo era dividido entre "meus amigos" e "meus inimigos". O maniqueísmo da minha infância não era delírio, mas condição social real. Os meus amigos eram aqueles que brincavam comigo, os demais queriam me bater.

As meninas eram um caso a parte, elas me achavam feio e gordo. E por isso me odiavam. Tudo bem que minha situação não mudou muito, já que estou ainda mais inflado e feio. E é meio triste ver alguém pegando minha foto daquela época e dizendo: "que bonitinho!" - porque não achavam isso antes?

Mas o que me preocupavam mesmo eram os "inimigos". Como nos videogames, eles eram maiores que eu. Diferente dos videogames, eu não conseguia bater neles.

Vida escolar.


E na escola havia sempre aquele pessoal que não ia com a minha cara. "Só sei que eu sinto que foi sempre assim minha vida inteira" - já dizia Raul. Até hoje as pessoas as vezes, simplesmente, não vão com a minha cara.



Eu chego num ambiente social e fico num dilema. É porque se você for muito chato, as pessoas vão te ignorar, eventualmente vão te bater. Se você for muito legal as pessoas vão te odiar com todas as forças. Tento não ser chato e sou incapaz de ser muito legal, então fico ali entre o medíocre e o insignificante.

Mas alguns problemas acontecem. Primeiro, eu faço piada de tudo - mas não sou engraçado. As vezes eu faço a piada errada na hora errada, o que me traz má aceitação do público. As vezes (bem raramente), eu faço a piada certa na hora certa! E todos acham graça - e passam a me odiar, pois estou "invadindo seus territórios".

"Quem ele pensa que é?" ou "Onde já se viu falar assim de coisa séria?". "Ele se acha!". "Gordo babaca!". Tem gente que não vai com a minha cara.

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

Zimmerman, os 700 mangos e o hamburguer

Vou assistir o show do Bob Dylan.

Eu gosto muito de Bob Dylan, mas ele está um pouco salgado desta vez. Os setessentos mangos que está cobrando por uma cadeira nas mesas da platéia um tornam seu show o mais caro da história do Brasil.

Ainda bem que eu, como outros 70% dos outros que assistirão o show, sou estudante e pago meia. Ficam então salgados porém tragáveis 350 mangos que "paguei" com o cartão de crédito do meu irmão.

Vou ver um velho de 66 anos de cartola cantando com voz de gente entubada. Tudo bem, mas mesmo que estivesse entubado de verdade, seria ainda Bob Dylan, valeria a pena.

Saindo da bilheteria do Via Funchal, resolvi alimenter minhas lombrigas com um dos mais nobres lanches da nossa cidade, no "The Fifties".

Me senti rico hoje, comendo numa lanchonete de bacana e pagando dinheiro de bacana para assistir um show de bacana. Mas foi só entrar no pobre site do meu banco de pobre, para ver que estou pobre. Amanhã trabalho e a vida volta ao normal.

Meu pagamento está atrasado... pobre de mim.